5.11.09

viagem de degradação volume 2

Amanhecer, o vento está soprando forte. Sem escape, preso em um recife na tempestade, praticamente um náufrago lambendo os lábios rachados e feridos, pacientemente esperando o rato chegar à costa. Ontem parece uma vida inteira agora. Lembrando daqueles que ele deixou, e como deixou. Lá fora no espaço, risos por tudo abaixo. O tempo na ilha executa os seus pensamentos e o ego. Anoitecer, o sol fraco, sem luz do fogo. As memórias amplificam seu estado, juntando, copiando, procurando por um abrigo acima. Nessa hora, sinta a picada, sufocando o amor acumulado.

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