6.11.09

viagem de degradação, trítono


Através das janelas, pelo meu colchão, vejo as milhas que vou ter que caminhar para descansar minha cabeça ao seu lado. Sem frieza nos meus olhos, o lamento que corta minha pele é o mesmo que cobre você, faz amor com você, sangra atrás das minhas costas pregadas com tachas de prata. Devia ter amado mais. Nunca ter aberto a porta. Não ter visto as ondas, que correm a costa, lavarem as pedras que furam, causando a tortura. Elas torturam você, depois afogam seu ódio te deixando a esperar embaixo de um oceano, te lembrando sempre a verdade. E olhando através dessas janelas, tudo que eu tenho indo embora.

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